quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mexa-se!
 
A economia está mesmo esquisita! Duvida? Então acompanhe dois eventos, acontecendo ao mesmo tempo.

Cena 1: um empresário fala em crise e queixa-se das dificuldades que enfrenta para manter sua empresa lucrativa.

Cena 2: outro empresário fala, entusiasmado, que pretende expandir seu mercado e ampliar a linha de produtos.

Alguém poderia pensar em várias alternativas: que são ramos de atividade diferentes que são mercados muito específicos, mais ou menos recessivos ou mais ou menos em expansão que um representa um nicho outro está num mercado de commodities que são produtos e serviços em estágios diferentes de seus ciclos de vida. Cada uma dessas possibilidades justifica alguns fatores, mas fixar-se apenas nesses fatores denota uma visão muito simplista.

Sabemos muito bem que nunca nossa economia esteve tão favorável para aqueles que estão desenvolvendo suas competências e alterando sua forma de atuar e nunca esteve tão desfavorável para os que continuam amadores e não buscam novos conhecimentos, teimando em permanecer na mesmice.

Uma das principais diferenças das empresas que desenvolveram novas competências é que aprenderam a não esperar. Nesse sentido, é bem verdade que o mercado não está - de maneira geral - aquecido e demandante. Não dá para faturar o necessário para cobrir os custos e gerar lucros suficientes, com aquela velha atitude de aguardar que o cliente entre na loja ou ficar ao lado do telefone, esperando uma ligação que ponha a área comercial em movimento. A passividade não combina com a atual conjuntura - aliás, para dizer a verdade nua e crua, não combina com nenhuma situação. O mercado precisa ser instigado, provocado, cutucado.

As empresas que estão conseguindo bons resultados possuem equipes que adotam uma postura pró-ativa, ou seja, vão à luta, não esperam "a banda passar". Os líderes reúnem suas equipes de vendas, estimulando-as a entrar em campo com muita garra, agindo da mesma forma com seus representantes e distribuidores. Lançam desafios, estabelecem metas, demonstram reconhecimento, quando a turma consegue bons feitos e ajudam o pessoal a corrigir o rumo, quando há equívocos. Mantêm canais abertos com os clientes finais, procuram conhecer suas necessidades e compreender suas realidades, levam em consideração suas queixas, enfim... corrigem, ratificam e aprimoram.

Nesse tipo de empresa, os desafios são contínuos, mas sempre bem vindos e gratificantes. O bom astral contribui muito para o sucesso, estimula as energias das pessoas que produzem e atendem o cliente, que também fica sadiamente contaminado por esse entusiasmo.

Nada é pior para os negócios do que um ambiente onde a desesperança prevalece, pois as pessoas passam o dia inteiro reclamando da vida, da economia, do governo... e sequer tentam fazer algo diferente para mudar a situação! Só sabem reclamar e procurar culpados em tudo quando é canto, menos no lugar certo.

Pessimismo também contagia. Caia fora dessa! Trate de encontrar outras maneiras de ver a sua empresa, o seu mercado, o seu negócio. Afaste-se do ciclo vicioso da escassez, com uma atitude positiva: amplie os conhecimentos, expanda as idéias, leia bons livros de negócios, converse com líderes que conseguem ver o mundo sob o prisma da abundância. E, sobretudo, reúna seus colaboradores para encontrar formas de acertar em cheio na mira do sucesso.
Mexa-se!

Roberto Tranjan

Nenhum comentário:

Postar um comentário