quinta-feira, 1 de agosto de 2013

01/08/2013 13h11 - Atualizado em 01/08/2013 13h12

Brasil está atrasado em inovação, afirma presidente do BNDES

'Foram 30 anos de altíssima instabilidade', diz Luciano Coutinho.
Segundo ele, economia 'está ganhando tração apesar da crise'.

Lilian QuainoDo G1, no Rio

Em evento na Federação das Indúsrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) nesta quinta-feira (1º), em que foi apresentado o "Barômetro Global de Inovação", pesquisa da GE com 3.100 executivos de 25 países, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho admitiu que o Brasil está atrasado em inovação e explicou o porquê.
"A estabilização da economia é recente, só se consolidou quando chegamos a R$ 200 bilhões de reservas externas no período de 2004 a 2006, o que deu conforto à instabilidade internacional".
Coutinho disse ainda que, apesar da crise internacional e das dificuldades da economia, tanto países desenvovidos como emergentes não abandonaram a prioridade da política de inovação.
"Nesse período de crise internacional, há por trás da cena um processo de transformação não tão evidente por enquanto, mas que está em curso, e vai diferenciar o conjunto de países que tem perseverado no avanço da inovação", disse.
O presidente do BNDES disse ainda que, "em meio à gravísisma crise internacional, o Brasil cresce abaixo do que se gostaria, mas não entramos em processo de recessão".
Segundo afirmou, a estabilidade verdadeira tem apenas 10 anos, oferecendo a possibilidade de se enxergar para frente.
"Foram 30 anos de altíssima instabilidade, era impossível para o setor privado enxergar além de 2 anos. Era impossível adotar inovação a longo prazo. Mas estamos nos movendo, ganhando tração apesar da crise internacional. É preciso acelerar os processos e estamos trabalhando intensamente. Assistimos à reorganização do sistema de ciência e tecnologia numa ascenção sustentada, e à multiplicação de instrumentos apoio à inovação como incentivos fiscais e subvenção empresarial", disse.
Para ele, os países que não focam na inovação como estratégia fundamental para o crescimento ficarão "na franja do processo de desenvolvimento".

Investimento da GE

A CEO da GE no Brasil, Adriana Machado, afirmou que o investimento da companhia para o período de 2011 a 2016 no Brasil chega a US$ 1,3 bilhões. A GE Brasil é a terceira mais importante do grupo no mundo, com faturamento de US$ 3,4 bilhões em 2012.
Um dos projetos da companhia no país é de melhoria do controle de tráfego aéreo, que pode resultar numa economia de combutível de aviões de 15% a 18%.  O Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, passa por um projeto piloto de redefinição de rotas com vistas a mais segurança e economia.

"A aposta no Brasil é grande. O centro de pesquisas no Rio de Janeiro, no Parque Tecnológico do Fundão, é referência para a América Latina", disse.

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